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Como se fosse a primeira vez

Foto: Google Imagens

Senti sono. Segurei firme. Fiquei com medo de cair. Essas e muitas outras foram as sensações que experimentei da última vez que andei de ônibus. Desde que comprei meu primeiro carro, nunca mais peguei lotação porque quis. Mas dessa vez me deu uma vontade imensa de entrar no próximo balaio e ir andar no centro de Belo Horizonte, outra coisa que não faço há séculos. Sabe quando bate uma saudade imensa dos tempos da escola? De quando eu pegava umônibus lotado, cheio de outros estudantes indo para diversos lugares diferentes, mas que conversavam comigo numa boa. Descia na Afonso Pena toda sorridente, pronta para subir aquele morrão da Espírito Santo. Nunca mais fiz esse caminho. Bom, resolvi ir trabalhar de ônibus. Resolvi mais ou menos, né? Porque o carro estava na revisão! Mas pode ter certeza que até de taxi eu ia, caso não tivesse vontade de andar de ônibus. A Grazi ria de mim o tempo todo, porque eu não largava o ferro que estava na minha frente de jeito nenhum! De repente me bateu um sono enorme. A viagem não acabava nunca. O barulho era infernal. E aos poucos a vontade de andar de ônibus passava. Era como se fosse a primeira vez. E de graças a Deus chegamos ao nosso destino!

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