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Saúde

Foto: Reprodução

Quero aproveitar o espaço do Freneticidade para dizer o quanto estou indignada em relação ao atendimento do Sistema Único de Saúde em Belo Horizonte. Algumas pessoas já sabem desse caso que vou contar agora, mas resolvi contá-lo de novo em meu blog para não deixar que as discussões em torno da saúde pública não morram. Há muito o que melhorar nesse país. E só vamos conseguir essa melhoria através da mobilização. Da cobrança que nós, enquanto cidadãos devemos fazer. É o seguinte: meu sogro tem 82 anos de idade e tem câncer na parte posterior da perna. O tumor é enorme, mas ainda é operável. Ele estava com cirurgia marcada para o dia 24 de julho. Chegou no hospital e foi mandado de volta pra casa por falta de leito para internação. E desde então não foi chamado para ser operado. Está em casa, sentindo muita dor. Não come direito. Não consegue dormir. Na quinta-feira passada eu e meu namorado resolvemos procurar ajuda. Ligamos para a PBH para saber em qual lugar da fila de internação meu sogro estava. Como não tivemos sucesso, fomos até o Centro de Referência da Pessoa Idosa e lá nos orientaram a procurar a Delegacia do Idoso. Chegando na delegacia não conseguimos prestar queixa contra o hospital porque meu sogro não estava junto. Coitado, além de doente e de cama, ainda precisaria ir até a delegacia para que a queixa pudesse ser registrada lá. Conversando com um policial descobrimos que nosso problema seria solucionado mais rapidamente se procurássemos no Ministério Público, que por nossa sorte fica do outro lado da rua. Fomos até lá e prestamos a queixa, com a promessa de que nosso problema seria solucionado em até 48 horas, já que o departamento de oncologia da Prefeitura de Belo Horizonte teria esse prazo para nos dar uma resposta positiva em relação ao leito do meu sogro. Bom, isso foi na quinta-feira, dia 30 de agosto. Entramos em contato com o Ministério Público esta semana e nos disseram que a oncologia da Prefeitura disse que a responsabilidade é da Santa Casa. E mais uma vez o problema não foi resolvido. O MP mandou um ofício para o hospital e continuamos aguardando pela resposta deles.
Estou muito triste por não poder fazer nada além disso para aliviar o sofrimento do senhor Antônio. Procurei saber dos direitos dele no Estatuto do Idoso e de acordo com o documento, meu sogro já deveria ter sido atendido. Os idosos têm direito à saúde e mais, têm direito ao atendimento prioritário. Devido à gravidade do caso dele, o primeiro leito deveria que vagasse na semana do dia 24 deveria ser dele. Mas não foi bem assim que aconteceu. Não consigo achar que essa é uma situação normal. Não consigo não me indignar. Ter que rezar pra ver se Deus pode ajudar não era o que eu queria... Mas por enquanto é tudo o que posso fazer... Se alguém tiver alguma sugestão de solução me avisem! Estamos mesmo precisando de ideias! Beijo, me liga!

Um comentário:

  1. Demorou, mas parece que a solução para o problema do seu Antônio chegou! O pessoal do Ministério Público ligou e disse que a cirurgia dele foi autorizada! E que o médico vai ligar para marcar a data! Que beleza!

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